O modelo político atual que predomina, principalmente nas pequenas cidades, tem deixado a população desses municípios sem perspectivas de um futuro de desenvolvimento e progresso. Há sempre dois blocos opostos que monopolizam a estrutura política num ciclo vicioso, ficando a população refém desses blocos, criando antipatias e inimizades entre os munícipes, instigados por discursos populistas altamente agressivos que são proferidos pelas elites políticas.
A população, sem dúvida nenhuma, é quem mais sente na pele os efeitos dessa conjuntura política, na qual é baseada em assistencialismo para os aliados políticos da cidade, distribuição de cargos e funções para pessoas sem habilidades e competências adequadas, autobeneficiamento dos que estão no poder e algumas
falsas “ações” em anos eleitorais, ficando grande parte da população, principalmente os do lado oposto à mercê das políticas públicas, esquecidos durante toda a gestão (exceto em plena campanha eleitoral).
A campanha eleitoral é um verdadeiro festival de atos que são totalmente contra as leis eleitorais vigentes, principalmente a compra de votos. Esses atos são praticados por muitos candidatos porque eles sabem que a população é carente de políticas públicas e, portanto, estão sempre com muitas necessidades pessoais, necessidades essas provocadas pelas péssimas administrações desses blocos; outra explicação é que a população tem a mentalidade de que a classe política não fará nada durante sua gestão e acabam achando melhor receber algum benefício material durante a campanha em troca de seu voto, configurando
assim a compra da consciência política dos cidadãos. É notória e preocupante, a alienação que esses grupos políticos promovem na cidade, através de promessas que são ditas na campanha (grande parte não cumprida). Além disso, acaba criando rivalidades internas entre os habitantes, que nunca vão levar a nada.
Pare, pense, reflita e depois se pergunte: Será que na cidade existe educação eficaz de verdade? Será que na cidade existe saúde eficaz de verdade? Inclua nessas perguntas a segurança, a habitação, a assistência social, o emprego, os serviços urbanos, o turismo, o esporte, a cultura, os projetos na agricultura, enfim todas as áreas essenciais da cidade.Lembrando que todas essas áreas são obrigações de um governante enquanto administrador, e que os recursos de que dispõe são originários dos impostos que a população paga. Essa é, portanto, a função do governante/administrador.
É necessária, urgentemente, uma mentalidade política diferente da atual. Que pelo menos exista atitudes e princípios éticos, morais, humanos e justos.
Mentalidade esta, voltada para a coletividade da cidade, algo que abranja a todos e não a uma minoria, algo que atue em prol de toda a população e não para o reduto político dos governantes.
Chega dessa politicazinha medíocre que só prejudica o povo!
AUTOR: JOSÉ OMAR BARBOSA DA FONSECA
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